terça-feira, 4 de dezembro de 2012

ESFÉRULAS PLÁSTICAS (PLASTIC PELLETS) NAS PRAIAS DE IMBITUBA E LAGUNA - SANTA CATARINA



Um breve amostra dos resultados da pesquisa, e como podemos constar as esférulas plásticas já estão presentes em praias catarinenses.



Tabela 9 - Resultado geral da análise quantitativa esférulas plásticas brancas, coloridas e massa total

Grosso
Gi
Sol
Itap. Norte
Itap. Sul
Vila
Porto
Riba
Brancas
229
72
48
58
114
71
279
53
Coloridas
32
578
170
25
356
56
14
12
Total
261
650
218
83
470
127
293
65
Massa total
4,22g
7,72g
2,93g
1,76g
3,61g
2,44g
6,14g
2,43g
Fonte: Dados obtidos pelo pesquisador Jean Carlos Rodrigues dos Santos em praias de Imbituba-SC e Laguna-SC, 2012.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sítio arquiológico ponta da vigia - Garopaba-SC

Um sítio arqueológico é um local no qual os homens que viveram antes do início de nossa civilização deixaram algum vestígio de suas atividades: uma ferramenta de pedra lascada, uma fogueira na qual assaram sua comida, uma pintura, uma sepultura, a simples marca de seus passos.

Os sítios arqueológicos são diferentes segundo o uso que os homens pré-históricos fizeram do local. Cada local pode corresponder a uma função, mas há casos, como as aldeias, onde vários tipos de atividades foram praticadas. Em uma aldeia vive-se, o que significa lugares para dormir, para cosinhar, para descansar, brincar, fabricar armas, utensílios, trabalhar a pedra, o barro para fazer cerâmica, a madeira. Todos esses trabalhos produzem vestígios que caem ao solo e que vão sendo, aos poucos, cobertos por sedimentos.
Assim sendo os vestígios mais antigos são os que estão bem no fundo, pois à medida que avança o tempo, novos vestígios caem, novas camadas de sedimento se formam e o sítio vai apresentando uma maior espessura de camadas arqueológicas.
Quando o arqueólogo começa a trabalhar ele faz o inverso: com seu pincel, sua pequena colher de pedreiro, vai tirando os sedimentos e deixando no local os vestígios. Quando tira os sedimentos de uma camada, numera e retira os vestígios, passando então para a camada logo abaixo. Assim ele vai do mais recente para o mais antigo.
Em geral os sítios apresentam-se em concentrações espaciais pois correspondem a um povo, a uma cultura, a qual explorava um território dado, nele deixando suas marcas.
A pesquisa arqueológica começa pela prospecção, que corresponde à fase na qual os pesquisadores procuram encontrar vestígios que permitam o reconhecimento dos sítios. A seguir passa-se à fase de documentação: faz-se o levantamento topográfico do sítio, isto é seu mapa no estado em que foi descoberto. Faz-se as fotografias, se há pinturas as mesmas são fotografadas e copiadas. Em seguida dá-se início às escavações, única maneira de poder datar  os achados e definir quais os povos que deixaram os vestígios que o arqueólogo encontrou. 

 Este museu a céu aberto, sediado em Garopaba, promove uma apresentação ao turista das oficinas líticas.Essas oficinas eram locais onde os grupos pré-coloniais poliam instrumentos de pedra, em áreas de acesso a costões, na beira de rios e praias.
Supõe-se que os objetos polidos fossem utilitários e que as oficinas estivessem associadas a sítios de habitação denominados sambaquis.
A técnica de polimento era baseada na abrasão da pedra através de areia (agente abrasivo) e de água (agente diluente) sobre as rochas escolhidas como oficinas. Os tipos de rocha mais usados eram o diabásio, o diorito e o granito.
As oficinas testemunham a ocupação primitiva da Ilha de Santa Catarina e tem sofrido com as ações de ocupações desordenadas.



Oficinas Líticas



Oficinas Líticas


Oficinas Líticas


Oficinas Líticas


Oficinas Líticas


Oficinas Líticas

Visite:
Projeto de Arqueologia Subaquática - PAS, no centro de visitação Naufrágio.
Fotos: Camila Abreu

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Lagoa das Capivaras - Garopaba (SC) ameaçada



Localizada logo atrás da praia Central, em Garopaba (SC), a Lagoa das Capivaras está sendo ameaçada pela ocupação desordenada em seu entorno. 


fonte: Google earth

fonte: Googleearth











O despejo de uma grande quantidade de matéria orgânica (esgoto) neste rico ecossistema está gerando a ploriferação de uma alga que acaba impedindo a passagem da luz solar, inviabilizando a vida das espécies que ainda vivem lá.

Das três lagoas, resta uma, além do canal de ligação com o mar. Quem freqüenta a praia da Silveira, no canto sul, pode ter idéia de como era, pois lá ainda tem uma lagoa com estas características, também sofrendo com o assoreamento.


A ONG Amigos do Meio Ambiente (AMA) mobilizou a comunidade para colaborar na retirada das algas e fez parcerias com a Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina (UNESC) e o Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (IPAT), que colaboram com as análises da qualidade da água.


Encontra-se situada bem ao centro do município, possui uma área total de aproximadamente 20 hectares, com a lâmina d’água correspondendo a aproximadamente 12 hectares, mesmo considerando parte da área em estado adiantado de eutrofização. A extensão é de 200 m de comprimento por 184 m de largura, e profundidade variando de aproximadamente 2 a 5 metros, dependendo do processo de assoreamento ocorrido sobre os vários pontos da lagoa.
Conforme os níveis de matéria orgânica na água (ESTEVES, 1998b), a Lagoa das Capivaras pode ser classificada, como uma lagoa costeira de águas escuras, que, são caracterizadas por suas águas terem origem, principalmente, do lençol freático de áreas arenosas, rios cujas bacias de drenagem percorrem terrenos arenosos.

foto: Camila Abreu












foto: Camila Abreu


Nome popular: Marrequinha, Orelha de gato, Salvínia
Nome científico: Salvinia sp
Origem: América, Ásia e Europa
foto: Camila Abreu


Um dos grandes desafios enfrentados, hoje, é conciliar o desenvolvimento de uma região com os impactos que serão causados ao seu entorno. Deve-se ter um enfoque humanista, holístico, democrático e participativo de todos os moradores ao entorno de um empreendimento. No município de Garopaba como muitos em nosso País houve um desenvolvimento com surgimento de loteamentos, construções residenciais e comerciais, mas também onde a fiscalização para o cumprimento das Leis Ambientais foi deixada de lado.

foto: Camila Abreu

foto: Camila Abreu

foto: Camila Abreu

foto: Camila Abreu




foto: Camila Abreu

foto: Camila Abreu

foto: Camila Abreu

foto: Camila Abreu







segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cobras fêmeas que se reproduzem sem o macho são descobertas nos EUA


Caso é raro em vertebrados e só tinha sido observado em animais em cativeiro. Pesquisadores afirmam que descoberta pode mudar compreensão sobre reprodução animal

BBC 
Tom Spinker/Flickr
Segundo cientistas, fenômeno não pode mais ser considerado 'novidade evolutiva'

Uma espécie de parto virgem foi encontrado em vertebrados selvagens pela primeira vez, por pesquisadores americanos da Universidade de Tulsa, no Estado de Oklahoma.
Os cientistas encontraram fêmeas grávidas de víboras norte-americanas e analisaram geneticamente os filhotes, o que comprovou que elas são capazes de se reproduzirem sem o macho.
O fenômeno se chama partenogênese facultativa e só foi registrado antes em espécies em criadas em cativeiro.
Os cientistas dizem que a descoberta pode mudar a compreensão atual sobre a reprodução animal e a evolução dos vertebrados.
Até hoje, pensava-se que era extremamente raro que uma espécie normalmente sexuada se reproduzisse assexuadamente.
Identificadas primeiro em galinhas domésticas, os "partos virgens" foram também registrados recentemente em algumas espécies de cobras, tubarões, lagartos e pássaros. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Especiação...


O mecanismo responsável pela formação de novas espécies é denominado especiação. Esse mecanismo envolve cinco etapas principais, sendo que a última delas já conhecemos: o estabelecimento de algum tipo de isolamento reprodutivo, que é o indicador da formação de novas espécies.
As principais etapas da especiação são descritas a seguir:
a) Uma população inicial é dividida em dois grupos através de uma barreira física (rio, deserto, cadeia de montanhas). Essa condição é denominada isolamento geográficoimpedindo a troca de genes entre indivíduos dos dois grupos.
b) Cada ambiente pode ter diferenças (de umidade, relevo, vegetação, etc.), apresentando diferentes critérios de seleção natural. Surgem diferentes tipos de mutantes em cada grupo; eles sofrem a atuação da seleção natural específica em cada local. Mutantes com características favoráveis sobrevivem e se reproduzem. Depois de muitas gerações, o gene mutante pode predominar no grupo.
c) Formam-se novas raças ou subespécies. Apesar das diferenças, organismos dos dois grupos apresentam ainda capacidade potencial de cruzamento e de formação de descendentes férteis.
d) Com o passar do tempo, ocorrem mais mutações submetidas à seleção naturalprópria de cada ambiente. As diferenças entre os dois grupos ficam maiores.
e) As populações entram em contato. Apesar disso, são incapazes de gerar descendentes férteis. Foi estabelecido, portanto, um isolamento reprodutivoindicando a formação de novas espécies.
Os esquemas a seguir mostram exemplos do processo de especiação a partir de populações que vivem numa certa área (continente).