Um sítio arqueológico é um local no
qual os homens que viveram antes do início de nossa civilização deixaram
algum vestígio de suas atividades: uma ferramenta de pedra lascada, uma
fogueira na qual assaram sua comida, uma pintura, uma sepultura, a
simples marca de seus passos.
Os sítios arqueológicos
são diferentes segundo o uso que os homens pré-históricos fizeram do
local. Cada local pode corresponder a uma função, mas há casos, como as
aldeias, onde vários tipos de atividades foram praticadas. Em uma aldeia
vive-se, o que significa lugares para dormir, para cosinhar, para
descansar, brincar, fabricar armas, utensílios, trabalhar a pedra, o
barro para fazer cerâmica, a madeira. Todos esses trabalhos produzem
vestígios que caem ao solo e que vão sendo, aos poucos, cobertos por
sedimentos.
Assim sendo os
vestígios mais antigos são os que estão bem no fundo, pois à medida que
avança o tempo, novos vestígios caem, novas camadas de sedimento se
formam e o sítio vai apresentando uma maior espessura de camadas
arqueológicas.
Quando o arqueólogo
começa a trabalhar ele faz o inverso: com seu pincel, sua pequena colher
de pedreiro, vai tirando os sedimentos e deixando no local os
vestígios. Quando tira os sedimentos de uma camada, numera e retira os
vestígios, passando então para a camada logo abaixo. Assim ele vai do
mais recente para o mais antigo.
Em geral os sítios
apresentam-se em concentrações espaciais pois correspondem a um povo, a
uma cultura, a qual explorava um território dado, nele deixando suas
marcas.
A pesquisa
arqueológica começa pela prospecção, que corresponde à fase na qual os
pesquisadores procuram encontrar vestígios que permitam o reconhecimento
dos sítios. A seguir passa-se à fase de documentação: faz-se o
levantamento topográfico do sítio, isto é seu mapa no estado em que foi
descoberto. Faz-se as fotografias, se há pinturas as mesmas são
fotografadas e copiadas. Em seguida dá-se início às escavações, única
maneira de poder datar os achados e definir quais os
povos que deixaram os vestígios que o arqueólogo encontrou.
Este museu a céu aberto, sediado em Garopaba, promove uma apresentação ao turista das oficinas
líticas.Essas oficinas eram locais onde os grupos pré-coloniais poliam
instrumentos de pedra, em áreas de acesso a costões, na beira de rios e
praias.
Supõe-se que os objetos polidos fossem utilitários e que as oficinas
estivessem associadas a sítios de habitação denominados sambaquis.A técnica de polimento era baseada na abrasão da pedra através de areia (agente abrasivo) e de água (agente diluente) sobre as rochas escolhidas como oficinas. Os tipos de rocha mais usados eram o diabásio, o diorito e o granito.
As oficinas testemunham a ocupação primitiva da Ilha de Santa
Catarina e tem sofrido com as ações de ocupações desordenadas.
Oficinas Líticas |
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Projeto de Arqueologia Subaquática - PAS, no centro de visitação Naufrágio.
Fotos: Camila Abreu
Qual a idade deste sítio arqueológico na praia da vigia em Garopaba SC ?
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