quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sítio arquiológico ponta da vigia - Garopaba-SC

Um sítio arqueológico é um local no qual os homens que viveram antes do início de nossa civilização deixaram algum vestígio de suas atividades: uma ferramenta de pedra lascada, uma fogueira na qual assaram sua comida, uma pintura, uma sepultura, a simples marca de seus passos.

Os sítios arqueológicos são diferentes segundo o uso que os homens pré-históricos fizeram do local. Cada local pode corresponder a uma função, mas há casos, como as aldeias, onde vários tipos de atividades foram praticadas. Em uma aldeia vive-se, o que significa lugares para dormir, para cosinhar, para descansar, brincar, fabricar armas, utensílios, trabalhar a pedra, o barro para fazer cerâmica, a madeira. Todos esses trabalhos produzem vestígios que caem ao solo e que vão sendo, aos poucos, cobertos por sedimentos.
Assim sendo os vestígios mais antigos são os que estão bem no fundo, pois à medida que avança o tempo, novos vestígios caem, novas camadas de sedimento se formam e o sítio vai apresentando uma maior espessura de camadas arqueológicas.
Quando o arqueólogo começa a trabalhar ele faz o inverso: com seu pincel, sua pequena colher de pedreiro, vai tirando os sedimentos e deixando no local os vestígios. Quando tira os sedimentos de uma camada, numera e retira os vestígios, passando então para a camada logo abaixo. Assim ele vai do mais recente para o mais antigo.
Em geral os sítios apresentam-se em concentrações espaciais pois correspondem a um povo, a uma cultura, a qual explorava um território dado, nele deixando suas marcas.
A pesquisa arqueológica começa pela prospecção, que corresponde à fase na qual os pesquisadores procuram encontrar vestígios que permitam o reconhecimento dos sítios. A seguir passa-se à fase de documentação: faz-se o levantamento topográfico do sítio, isto é seu mapa no estado em que foi descoberto. Faz-se as fotografias, se há pinturas as mesmas são fotografadas e copiadas. Em seguida dá-se início às escavações, única maneira de poder datar  os achados e definir quais os povos que deixaram os vestígios que o arqueólogo encontrou. 

 Este museu a céu aberto, sediado em Garopaba, promove uma apresentação ao turista das oficinas líticas.Essas oficinas eram locais onde os grupos pré-coloniais poliam instrumentos de pedra, em áreas de acesso a costões, na beira de rios e praias.
Supõe-se que os objetos polidos fossem utilitários e que as oficinas estivessem associadas a sítios de habitação denominados sambaquis.
A técnica de polimento era baseada na abrasão da pedra através de areia (agente abrasivo) e de água (agente diluente) sobre as rochas escolhidas como oficinas. Os tipos de rocha mais usados eram o diabásio, o diorito e o granito.
As oficinas testemunham a ocupação primitiva da Ilha de Santa Catarina e tem sofrido com as ações de ocupações desordenadas.



Oficinas Líticas



Oficinas Líticas


Oficinas Líticas


Oficinas Líticas


Oficinas Líticas


Oficinas Líticas

Visite:
Projeto de Arqueologia Subaquática - PAS, no centro de visitação Naufrágio.
Fotos: Camila Abreu

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