sexta-feira, 8 de junho de 2018

A TRADIÇÃO FAMILIAR DE PESCADORES ARTESANAIS

A puxada da tainha é tão importante para Santa Catarina, que foi tombada como patrimônio cultural imaterial de todos os catarinenses pela lei estadual 15.922, de 2012. A pesca artesanal da tainha é uma característica da identidade cultural de todo o nosso litoral e, até hoje, o trabalho é passado de geração em geração, mantendo assim uma tradição de séculos.
Praia Da Ribanceira -Imbituba-SC

HISTÓRICO


A pesca da tainha é uma tradição de origem indígena, que depois ganhou influência dos açorianos. O alemão Hans Staden (1525-1579) teria sido a primeira pessoa a descrever a tainha, isso quando ficou preso numa aldeia indígena no litoral paulista numa das duas viagens que fez ao Brasil. A Tainha está presente em eventos familiares e públicos da região, como a missa da tainha, farinhadas, festas juninas, entre outras.


A TAINHA


A tainha que chega na região na Costa Verde & Mar nesta época do ano vêm em cardumes migratórios da lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul. São peixes costeiros de águas tropicais e subtropicais que nadam na superfície formando cardumes. Atingem em média 50 cm de comprimento com 6 a 8 quilos de peso.

A PESCA


Segundo as regras do Ministério da Pesca e Aquicultura, para o arrasto de praia as redes só podem ser lançadas a até 800 metros da areia e distantes 300 metros dos costões. A pesca ocorre entre os meses de maio e julho.

Durante esses meses olheiros identificam o cardume no mar (geralmente uma mancha escura, avermelhada) e avisam os pescadores na praia. As baleeiras (barcos) fazem o cerco aos peixes e as redes são puxadas da praia pelos pescadores. Na praia o “botim” é dividido entre todos.


TRADIÇÃO


Os pescadores começam a se preparar um mês antes (em abril). Os ranchos de pesca são consertados, as redes remendas, e é feita a manutenção das canoas. Cada pescador tem sua função: patrão, chumbereiro, remeiros, vigia, camaradas, redeiro, boieiro, cozinheiro, pessoal de praia.





Tainha
Mugil cephalus.

Mugil cephalus.
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Actinopterygii
Ordem:Mugiliformes
Família:Mugilidae
Géneros
Agonostomus
Tainha (a grafia "taínha" é errada) é a designação vulgar de vários peixes da família dos mugilídeos. A maior parte das espécies pertence ao gênero Mugil, mas a designação estende-se a outros géneros (e mesmo a algumas espécies da ordem dos Perciformes). Distribuem-se por todo o mundo, ocupando águas costeiras temperadas ou tropicais, existindo algumas espécies que vivem também em água doce. É um peixe largamente utilizado na alimentação humana: por exemplo, desde o Império Romano que faz parte da dieta mediterrânica-europeia. A família dos Mugilidae inclui cerca de 80 espécies divididas por 17 géneros. Muitas das espécies são ainda conhecidas pelos nomes de curimãcurumãtapiaratarganacambira[1]mugemugem, parati e fataça, entre outros.
Taxonomicamente, os mugilídeos constituem o único membro da ordem dos mugiliformes mas existem algumas discordâncias entre alguns sistemas de classificação. A presença de espinhos nas barbatanas parece indicar aproximação à superordem dos Acanthopterygii, pelo que William A. Gosline os classificou, na década de 1960 como Perciformes. Outros autores incluem-nos, ainda, nos Atheriniformes.
Referência: Ministério da Pesca e Aquicultura,Wikipédia, a enciclopédia livre.